
Artigo de: Mônica Figueira @tokdeempreendedorismo
Uma decisão que nasce no silêncio
Ana e Anderson moravam em Florianópolis, rodeados de tudo aquilo que se considera “certo”: casa, carreira, conforto. Mas sentiam algo que palavras não nomeavam: um vazio de significado, um excesso de rotina.
Decidiram partir.
Não foi fuga. Foi encontro.
Com o que importa. Com o que pulsa. Com uma vida mais lenta, mas infinitamente mais viva.
Colocaram na kombi Manezinha tudo o que precisavam: coragem, amor, um bom par de chinelos, a fiel companheira Fifi — e deram partida rumo ao sul, ao Ushuaia, o “fim do mundo”.
Mas, na verdade, era o começo de tudo.
A estrada revela o que a pressa esconde

A cada curva, uma descoberta. A cada parada, uma reinvenção.
O tempo deixou de ser cronômetro para virar respiro.
No caminho até o Ushuaia, e agora no trajeto ao Alasca, não se acumulam carimbos no passaporte. Acumulam-se aprendizados.
Aprendem que não há Wi-Fi que substitua uma conversa ao redor do fogão.
Que não há GPS que ensine a confiar na intuição.
E que, para viver bem, não é preciso muito — só o que faz sentido.
Anderson: o homem que aprendeu a fazer de tudo… com um sorriso no rosto
Antes da estrada, Anderson era advogado. Mas foi a vida nômade que revelou outras versões dele:
Mecânico, eletricista, bombeiro, cozinheiro, faz-tudo.
A Manezinha quebra? Ele resolve.
A instalação elétrica da kombi entra em pane? Ele dá um jeito.
A água acaba? Ele improvisa.
E tudo isso, com o mesmo otimismo que o fez dizer “sim” a essa jornada.
Ele não é apenas o par de Ana.
É motor emocional da aventura. É entusiasmo que move. É alegria que contamina.
Na estrada, ele mostra que ser homem também é saber cuidar, rir de si, se reinventar todos os dias.
Ana: uma mulher que não dirige só a kombi, mas a própria história
Ana lidera. Decide. Cria. Compartilha.
Ela guia com firmeza, edita com afeto, inspira com presença.
É voz ativa, alma sensível e símbolo de uma nova geração de mulheres que querem ser protagonistas — no volante, na vida, nas escolhas.
Sua coragem silenciosa, seu olhar atento e sua entrega à estrada fazem dela uma figura que representa todas as que sonham em viver com liberdade.
Fifi: a alma lúdica da viagem
Pequena no tamanho, gigante no carisma.
Fifi é mais do que uma cachorrinha. Ela é ponte entre gerações, é conexão com o lúdico, é risada espontânea.
Ana e Anderson criaram uma forma genial de dar vida à Fifi — uma personagem que fala, observa, opina, brinca.
E, sem querer, criaram uma das maiores ferramentas de engajamento da jornada.
Crianças se encantam. Adultos sorriem. Todos se sentem parte.
Fifi não é apenas mascote. Ela é o elo emocional que torna a viagem ainda mais humana, divertida e irresistível.
Manezinha: a kombi que carrega o mundo — e não reclama

Velha, mas guerreira.
Devagar, mas incansável.
A kombi apelidada de Manezinha é personagem viva dessa história.
Ela já viu de tudo: desertos, tempestades, serra, lama, calor e neve.
E segue firme. Segue mesmo quando falha. Porque é cuidada com amor, tratada como casa — e carregada de sonhos.
Ela representa todos nós que seguimos mesmo remendados, mesmo em marcha lenta, mas com direção clara.
Manezinha é prova de que resistência também é forma de beleza.
Trabalhar com propósito, viver com afeto
Mesmo sem endereço fixo, Ana e Anderson seguem criando.
Com o que têm. Onde estão. Com quem são.
Transformam rotina em conteúdo. Tropeços em conversa.
Vivem o que pregam. E por isso, tocam.
Eles são prova de que é possível sim viver do que se acredita — desde que isso nasça da alma.
E se for você?
Você não precisa de uma kombi.
Mas talvez precise de mais espaço para respirar.
De mais tempo para ouvir o que te move.
De coragem para fazer diferente.
A estrada deles não é modelo.
É espelho.
Reflete aquilo que, talvez, você já saiba — mas ainda não teve tempo de escutar.
A vida pode ser simples. Pode ser poética. Pode ser sua.
Basta um primeiro passo. Ou talvez… uma freada no automático.

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Fonte das fotos: Site e Redes Sociais do “Vibe de Dois”.